Com carta de drinks descomplicada, o local proporciona uma releitura da cultura de boteco com sistema de som de alta fidelidade.
Sabe a frase “não há melhor lugar do mundo do que a nossa casa”? Bom, o segundo melhor lugar pode ser o Sala Bar, localizado no bairro de Pinheiros. Na tentativa de replicar o clima aconchegante das noites regadas a drinks e embaladas pelo som dos LPs, o espaço propõe uma experiência intimista.
“Sempre fiz isso dentro da minha casa, recebo muitos amigos DJs, colecionadores e entusiastas, então quis ampliar essa história”, divide Jéssica Peres, sócia e fundadora do bar. “Abri um bar focado na música, principalmente no vinil, um ambiente para mais pessoas compartilharem seus discos.”

O Sala Bar aposta tanto na música quanto nos drinks, criando uma experiência sensorial completa. O ambiente charmoso, com sofás, tapetes, cortinas e luz baixa, compõe um clima aconchegante sem perder o charme característico dos listening bars.
Do lado de fora, há mesas espalhadas pela calçada e um entra e sai constante de pessoas. O clima descontraído, aliado à carta de coquetéis, é atrativo para diferentes públicos.
O menu de bebidas dá destaque às receitas clássicas com whisky Bulleit Bourbon, como Old Fashioned, Gold Rush e Mark Twain. Além de oferecer opções autorais, como o Frescurinha, com manjericão, suco de limão, água tônica e uma dose de licor de laranja.
“Nos últimos anos, São Paulo ganhou muitos espaços que celebram a música, mas a gente quis fazer algo mais voltado para o dia a dia, e que se conectasse com a cultura do boteco. Uma opção para quem gosta de beber na rua, mas sem abrir mão do sistema de som com planejamento acústico e uma boa trilha sonora”, explica Jéssica.
Na rua sem saída, grupos de amigos se juntam para colocar o papo em dia, desfrutar um coquetel e escutar preciosidades de outras eras. “Acredito que a mistura de bar com drinks, música em vinil e aberto para a calçada seja a nossa receita perfeita”, afirma a proprietária.

A curadoria musical se preocupa em agradar diferentes paladares sonoros, da house e disco music ao jazz e às brasilidades da década de 1970 — há um pouco de tudo, dependendo do dia. Aberto de quarta a sábado, o clima descontraído rende momentos inesquecíveis em boa companhia. “As pessoas realmente se sentem na sala de casa, então a média de permanência é de quatro horas para mais”, sintetiza a fundadora.