Fiel ao analógico, Conselheiro se consagra como destino imperdível na noite 

Com um acervo invejável, composto por mais de 500 LPs, o bar alinha coquetelaria apurada e sistema de som de alta fidelidade.

O Conselheiro nasceu quando os sócios Guga Roselli e Leandro Mattiuz encontraram um casarão tombado de 1904, na rua Conselheiro Ramalho, na Bela Vista. Conhecida pelo histórico de boemia, a área carrega a tradição musical paulistana. 

“A identidade do espaço vem de inúmeras referências internacionais e das nossas vivências pelas capitais globais, como Nova Iorque, Londres e Berlim. É um espaço minimalista, despretensioso, criado para comer bem, beber bem, conversar e ouvir música boa”, conta Guga.

Na parte gastronômica, o bar prioriza ingredientes frescos: “O menu, apesar de não ser extenso, é rico. Oferece uma variedade de pratos de diferentes culinárias. Opções ideais para acompanhar a carta de drinks”.

Já a carta de coquetéis, assinada pelo mixologista Lula Mascella, reúne drinques autorais e clássicos, desenvolvidos com a mesma precisão musical. O drinque mais requisitado é o Old Mate, com Johnnie Walker Gold Label, amaro, mate tostado, limão e xarope de açúcar. 

O sucesso do listening bar se deve ao cuidado na execução. Aberto desde 2023, entrou de vez para a rota noturna da capital: “A casa foi minuciosamente projetada para dar conforto acústico e oferecer uma experiência musical de alta qualidade, pois, dessa forma, eleva-se a experiência que as pessoas têm com seu grupo de amigos, encontros ou até sozinhas, jantando, ao aproveitarem sua taça de vinho ou coquetel”.

Inúmeros DJs já passaram pela cabine do Conselheiro, que coloca à disposição o acervo com mais de 500 LPs. Ou seja, cada artista propõe um mood e uma experiência diferente, então cada noite acaba sendo única.

Quem assina a curadoria musical é Guga Roselli, criador da plataforma Mareh Music, e ele deixa claro que não está procurando DJs e mixagens elaboradas, mas está de olho nos bons seletores.

“Ainda há uma certa confusão sobre o conceito no Brasil”, o curador afirma. “Um listening bar é um espaço projetado para oferecer uma experiência musical de altíssima qualidade. É sobre a forma como a música é entregue. Pendrive não entra no Conselheiro”.

O projeto do sistema de som do espaço é totalmente analógico. “Com toca-discos e mixer analógicos, a música vai para as caixas sem processamento”, Guga explica. A construção do local também foi pensada para ressaltar a experiência sonora: “Os painéis, que dão charme à arquitetura do espaço, foram projetados para fazer a difusão das ondas sonoras e entregar a música em alta fidelidade”. Afinal, não há nada melhor do que harmonizar um bom coquetel com a trilha sonora perfeita.

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