Todo final de semana o ritual é quase sagrado: reunir os amigos em casa ou em um bar e abrir aquela cerveja gelada, para refrescar e embalar o bate-papo. Mas você já se perguntou quem foram os primeiros a aproveitar este hábito e quem inventou a cerveja?
Confira abaixo uma breve história desta bebida tão amada pelo mundo.
Quando e onde surgiu a cerveja
Uma bebida legitimamente… mesopotâmica(!).
Muitos a associam à Alemanha, outros à Bélgica, e outros tantos ao Reino Unido, mas, afinal, onde surgiu a cerveja? O líquido derivado da fermentação da cevada é na verdade um produto da Mesopotâmia, região da antiguidade onde hoje situam-se o Iraque e o Kuwait.
Os registros históricos mostram que a bebida foi criada de forma acidental por volta de 6.000 a.C., pelos sumérios, que passaram a se alegrar após provarem daquele líquido derivado da cevada.
Apesar da origem exata ter se perdido no tempo, o fato é que a cerveja caiu no gosto do povo mesopotâmico, figurando até no mais antigo conjunto de leis da humanidade, o Código de Hamurabi, que em 1760 a.C. determinou que quem não seguisse os critérios de produção da época poderia ser até condenado à morte.
Da Mesopotâmia para o Egito
Ao longo dos séculos a cerveja foi ganhando mais e mais adeptos, e novas receitas foram surgindo. Hieróglifos egípcios mostram que a bebida também era uma das favoritas do povo das pirâmides, e até um de seus líderes se encantou por ela.
Um faraó e uma Deusa cervejeiros?
Faraó de 1194 a 1163 a.C., Ramsés III era tão fã da bebida que ganhou o apelido de “faraó-cervejeiro”. No Egito, a cerveja também angariou o status de bebida com valores nutritivos e medicinais, ganhando até mesmo sua própria divindade: Ninkasi, a Deusa da cerveja.
Os romanos, os monges e outros
É certo que os romanos preferiam o vinho, mas a influência da cerveja naquele império também foi notável. Deusa da fertilidade e da agricultura romana, Ceres originou o nome pelo qual a chamamos hoje, numa evolução do termo “cervisia”.
Os romanos também ajudaram a espalhar e popularizar a bebida, importando-a para áreas como a antiga Gália, hoje França, e a Britânia, atual Inglaterra.
Na Idade Média, a bebida ganhou também um de seus principais ingredientes, aproximando-se da forma como a consumimos hoje.
Foi num mosteiro de San Gallo, na Suíça, que os monges então responsáveis por seu preparo resolveram adicionar o lúpulo, uma forma de preservar a bebida por mais tempo. A ação provou-se eficiente e também alterou o sabor da nossa “gelada”, dando o tom amargo que conhecemos atualmente.
A Lei da Pureza alemã
Em 1516, os alemães – até hoje considerados especialistas no preparo da bebida – criaram a ‘Reinheitsgebot’, a Lei da Pureza que determinou que as cervejas só poderiam ser fabricadas utilizando apenas três ingredientes:
Malte de cevada
Lúpulo
Água
Já na Inglaterra, foi justamente a não-utilização do lúpulo que deu origem a um outro tipo de cerveja, as “Ale”, conhecidas por sua técnica de alta fermentação. Hoje, no entanto, já é comum encontrar cervejas Ale com lúpulo e outros maltes especiais.
Já a República Tcheca foi responsável pela criação de outra variação muito popular da bebida: as “Pilsen”; cervejas de baixa fermentação, tipo Lager, criadas na região conhecida como Boêmia – daí o trocadilho com quem não dispensa umas boas cervejas.
Agora que você já aprendeu um pouco mais sobre a história da cerveja, que tal saborear uma gelada? Convide seus amigos e aprecie com moderação.
Imagens: carolineandrade /Pixabay, BabelStone/Wikipedia, Wikipedia, Hill & Adamson/metmuseum.org/Wikipedia
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